Comunic'ação
Comunique ação. Qual modo mais
efetivo que a ação para comunicar? Qual maneira mais intensa? Qual argumento é mais persuasivo que o exemplo? Qual
teoria é mais contundente
que a prática de si mesma? Alguém muito mais inteligente que eu certa vez disse: “Os homens se refugiam na
teoria e pensam que estão sendo filósofos e se tornarão bons dessa maneira. Nisso se assemelham ao enfermo que
escuta atentamente o seu médico,
mas não faz nada que ele prescreve.” Então, qual o papel da comunicação? Essa arma tão poderosa e
volátil, capaz de destruir nações e
criar impérios, muitas vezes tem munição, mas a mira (leia-se foco) está desregulada. A prova prática disso é
a massificação dá solidão coletiva escancarada nas MUITAS redes sociais; um lugar onde
todos estão constantemente [para não dizer freneticamente] falando, falando, falando e mais vomitando
palavras que falando, mas falando,
falando. Não é possível afirmar com clareza, entretanto é bem provável que se fale tanto porque não há nada para
dizer. E porque não há mais nada a dizer, essas frases [e fotos] perdidas que vem e que vão
tem, por assim dizer, a única função de transportar esse vazio que não mais se aguenta
em ter para si, é preciso que outros também o possuam. É necessário que outros colaborem para o alargamento do
abismo que existe entre os
vários “eus” que navegam sem saber de onde vem ou para onde vão; ou porque, ou quando, ou como, ou o que. Até
que esse “eu” descubra que para navegar é preciso primeiro ter uma rota, senão apenas naufraga-se. No entanto, é possível que haja um
encontro m'eu e s'eu [nos'so] com um famigerado gato que ao ser perguntado sobre onde vai dar esse caminho dê como
resposta a incomum
indicação: “Pra quem não sabe para (ou porque) ir qualquer caminho serve.”.
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